"La situazione sta peggiorando. Gridate con noi che i diritti umani sono calpestati da persone che parlano in nome di Dio ma che non sanno nulla di Lui che è Amore, mentre loro agiscono spinti dal rancore e dall'odio.
Gridate: Oh! Signore, abbi misericordia dell'Uomo."

Mons. Shleimun Warduni
Baghdad, 19 luglio 2014

18 novembre 2016

Médio Oriente: Arcebispo iraquiano espera que Trump assuma combate ao «Estado Islâmico»

By Agência Ecclesia

O arcebispo de Erbil (Iraque), D. Bashar Warda, disse hoje à Agência Ecclesia que tem a “esperança” de que o novo presidente dos EUA, Donald Trump, cumpra a promessa de combater o autoproclamado ‘Estado Islâmico’, o Daesh.
“O novo presidente disse que queria combater o Daesh de outra forma e pôr um fim a esta violência, a esta maldade, por isso esperamos que a mudança política afete de forma positiva a vida das pessoas no Médio Oriente”, explicou.
“Sabemos e sempre dizemos que a América tem uma responsabilidade moral em relação ao Iraque, por causa da mudança de 2003 [fim do regime de Saddam Hussein], e devem levá-la a sério, têm de estar empenhados nisso”, acrescentou o responsável católico.
O arcebispo de Erbil, capital do Curdistão iraquiano, está em Portugal no contexto da apresentação do relatório sobre a Liberdade Religiosa no mundo, que a Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) promoveu hoje, na Sociedade de Geografia, em Lisboa.
Para o arcebispo iraquiano, o relatório é um documento “chocante”, que mostra sérias violações aos Direitos Humanos, pedindo que o Ocidente “acorde” e tome “iniciativas” no plano político, económico e social para ajudar as minorias religiosas.
D. Bashar Warda fala do Daesh como um “cancro”, com o qual não há possibilidade de “diálogo”, exigindo um “tratamento radical”, que inclua “pressão política” e aposta na educação.
O Iraque tem sido palco, há mais de uma década, de violência “direta” contra cristãos, gerando uma “grande onda” que afeta estas comunidades, as quais passaram de 1,3 milhões de pessoas para menos 300 mil.
“Sofremos muito, por causa desta violência”, confessa o arcebispo de Erbil.
A diocese tem vindo a receber milhares de famílias iraquianas que agora aguardam pelo fim da guerra para regressarem a casa, com a ajuda de várias organizações solidárias da Igreja Católica.
“Todos estão à espera da libertação total de Mossul e das planícies de Nínive”, precisa.
Depois de em outubro, o Papa Francisco ter renovado a sua disponibilidade para visitar os cristãos do Iraque, D. Bashar Warda admite que uma viagem pontifícia iria “encorajar muito os cristãos”, dando “mais apoio à presença” da Igreja.
“Rezamos e desejamos que isto aconteça em breve”, assinala o arcebispo, que já convidou o Papa em duas ocasiões.
O duplo convite encontrou bom acolhimento, mas Francisco ainda está à espera das “circunstâncias certas” para que a visita possa acontecer.
Numa análise ao período entre junho de 2014 e junho de 2016, o relatório sobre Liberdade Religiosa no Mundo, da AIS, dá conta do surgimento de “um novo fenómeno de violência com motivação religiosa, que pode ser descrita como hiperextremismo islamita, um processo de radicalização intensificada, sem precedentes na sua expressão violenta”.
Na apresentação do documento, D. Banhar Warda deixou o seu testemunho acerca de uma comunidade que acolhe atualmente milhares de cristãos perseguidos, vindos de outras regiões do país que foram tomadas pelo Estado Islâmico.